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Chave de identificação de Típulas 2
 
Chave de identificação de Típulas brasileiras (Tipulidae e Limoniidae)

Macho de Tipula (Eumicrotipula), fotografado em Guarapiranga, São Paulo, SP. Note a longa antena. Foto cortesia de Alessandra Dalia.




Chave de identificação de Típulas brasileiras (2)




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Dos três Tipulidae remanescentes, Tipula (Eumicrotipula) (15 sp.) é a única com a veia Rs longa (1,5~3,0x CuA1). Asas quase sempre com fortes manchas escuras. Abdômen curto, não ultrapassando as asas. Ovipositor da fêmea longo e esclerotizado. Postura variável, pousam com as asas abertas ou fechadas. Algumas podem lembrar  Ischnotoma, mas têm a Rs longa, venação escura, e antena distinta. Antenas geralmente com dimorfismo sexual, longa no macho, podem ser serrilhadas, ter aspecto em colar-de-contas, e muitas cerdas.



Tipula (Eumicrotipula) fêmea, fotografado em Curitiba, PR Foto de Evandro Maia.





Tipula (Eumicrotipula) fêmea, fotografado em Camobi, Santa Maria, RS. Algumas espécies lembram bastante  Ischnotoma. Veja também o aspecto do ovipositor, e antena. Foto cortesia de Frank Thomas Sautter.




Tipula (Eumicrotipula) macho, fotografado em Lago Norte, Brasília, DF. Note o aspecto da antena. Foto cortesia de Douglas U. Oliveira.




Tipula (Eumicrotipula) macho, fotografado em São João Batista, São Leopoldo, RS. Foto cortesia de Romulo Cenci.




Tipula (Eumicrotipula) fêmea, fotografado em Cunha, SP. Foto cortesia de Mariana Amado Costa.





Comparação da venação alar entre os dois subgêneros de Tipula, note a diferença no comprimento da veia Rs. A referência é o comprimento de CuA1. Adaptado do arquivo original Wikimedia Commons de Giancarlodessi (licença Creative Commons), veja o arquivo original aqui. Fotos de Edson Luis Fabro Gasparin e Liu Idárraga Orozco.





Finalizando Tipulidae, os dois últimos gêneros, Tipula (Microtipula) e Leptotarsus, podem ser problemáticos para identificação, especialmente fêmeas. Ambos têm Rs curto (comprimento próximo de CuA1). Há uma diferença entre os subgêneros de Leptotarsus também, vamos começar por eles. 



Leptotarsus (40 sp.) é um grande e heterogêneo gênero, possivelmente parafilético. Apesar de numerosas espécies, não são típulas muito comuns, muitas são conhecidas somente pelo espécime-tipo. No Brasil, a maioria pertence a dois subgêneros, Longurio (23 sp.) e Tanypremna (13 sp.). Há também uma espécie de Kocia, e uma Xenotipula (ambas lembram Longurio), além de duas espécies de Tanypremnodes (lembram Tanypremna). 


Os Leptotarsus (Tanypremna) são mais facilmente identificáveis, possuem antena curta nos dois sexos, abdômen bastante longo, ultrapassando o comprimento das asas, até lembrando um pouco uma libélula. Ovipositor da fêmea longo e de ápice agudo. Célula m1 pode ter curto pecíolo. São grandes, muitos de cor esverdeada, e pousam com as asas abertas. Antenas bastante curtas e filiformes em ambos sexos, mal ultrapassando a cabeça. 




Leptotarsus (Tanypremna)
machofotografado em Juiz de Fora, MG. Foto cortesia de Conrado Pável de Oliveira.





Duas fêmeas de Leptotarsus (Tanypremna), fotografados em Santa Leopoldina, ES. Fotos cortesia de Danilo Pacheco Cordeiro.



 


A diferenciação é bem mais difícil entre os Tipula (Microtipula) e Leptotarsus (Longurio). Ambos possuem abdômen curto, e a antena do macho é longa. Ovipositor da fêmea curto e carnoso. Pousam com as asas abertas. Em muitos casos não será possível uma identificação segura. A diferenciação é baseada principalmente na venação alar:


Comparação da venação alar entre Tipula e Leptotarsus, adaptado do arquivo original Wikimedia Commons de Giancarlodessi (licença Creative Commons), veja o arquivo original aqui.



Comparação da venação alar entre Tipula Leptotarsus, no asterisco, a célula r1. Fotos cortesia de Carlos Alexandre Mattos Raposo, Roger Rio Dias e Danilo Pacheco Cordeiro.




Tipula (Microtipula) (32 sp.) - a veia Sc se conecta distalmente à veia R, ao nível da célula r1. A célula r1 costuma ser maior, com uma pigmentação na metade distal, sem contato com a margem anterior da asa. Algumas espécies têm a margem costal distal das asas com uma proeminência, que pode ajudar a identificação. O caso mais extremo é Tipula (Microtipula) armatipennis, no exemplo adiante. Antenas semelhantes a Tipula (Eumicrotipula). Ovipositor curto e carnoso.



Casal de Tipula (Microtipula) fotografado em Paudalho, PE. Foto cortesia de Helio Lourencini.




Tipula (Microtipula) armatipennis, machouma das poucas espécies de fácil identificação, devido à peculiar morfologia das asas. Fotografado em Lago Norte, Brasília, DF. Foto cortesia de Oda Scatolini (Casa de Aprender).




Tipula (Microtipula) machofotografada em Asa Norte, Brasília, DF. Note a proeminência na margem anterior das asas. Foto cortesia de Guilherme A. Fischer.



Tipula (Microtipula)fotografada em Breves, PA. Note a coloração, lembrando um pouco Nephrotoma. Foto cortesia de Tiago Mangas.







Leptotarsus (Longurio) (23 sp.) - a veia Sc se conecta distalmente à veia costal C, atingindo a margem da asa, ao nível da célula r1A célula r1 costuma ser menor, com uma pigmentação distal que se estende anteriormente até a margem da asa. São bem mais raros do que os Microtipula. Antena com exacerbado dimorfismo, antena do macho bastante longa, lisa e com poucas cerdas. Antena da fêmea curta e filiforme.







Duas espécies de Leptotarsus (Longurio), um casal nas primeiras fotos, e uma fêmea de outra espécie na última foto. Todos, fotografados em Alto da Boa Vista, Rio de Janeiro, RJ. Fotos cortesia de Rogerio Dias.






Seguem algumas imagens ilustrativas das antenas de Tipulidae, que podem ser úteis na identificação. As explicações dos principais achados se encontram nos textos correspondentes: 




Antenas dos diversos gêneros de Tipulidae que ocorrem no Brasil. A sequência de fotos mostra: Maekistocera e Brachypremna com suas antenas curtas e lisas (fotos de Thiago Gonçalves Coronado Antunes e Vinícius Rodrigues de Souza), Zelandotipula com antena longa, lisa e filiforme (foto de Paulo S. P. Paiva), Ischnotoma com antena média, fina e lisa (foto de Frederico Acaz Sonntag), Nephrotoma com antena de comprimento médio, verticilado e com cerdas (foto de Pimenta Gabriel), fêmea de Leptotarsus (Tanypremna) com antena curta e filiforme (foto de Danilo Pacheco Cordeiro), e macho de Leptotarsus (Longurio) com antena bastante loga e lisa (foto de Rogerio Dias).





Casal de Ozodicera (Dihexaclonus), macho à esquerda e fêmea à direita, ambos fotografados no Parque Nacional do Itatiaia, em Itatiaia, RJ. Fotos de Claudio Martins de Souza.





Antenas de Ischnotoma cf. zikani, macho na primeira e terceira imagens (fotografada em Itatiaia, RJ, fotos de Edgar Blois Crispino), fêmea na segunda e quarta imagens (fotografada em Alto da Boa Vista, RJ, fotos de Rogerio Dias).





Antenas dos dois subgêneros de Tipula que ocorrem no Brasil, Microtipula e Eumicrotipula. A sequência de fotos mostra: um fêmea Microtipula, com sua típica antena curta (foto de Jane Pessoa); quatro machos Microtipula com antena longa e com cerdas (fotos respectivamente de Célio Moura Neto, Carlos Alexandre Mattos Raposo, e as outras duas de Rogerio Dias); um fêmea Eumicrotipula, com sua típica antena curta (foto de Paula Romano); três machos Eumicrotipula com antena longa e com cerdas (fotos respectivamente de Whaldener Endo, Bruno R. Giozza e Alessandra Dalia). 



Veja a terceira parte do artigo aqui 
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