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Camarão Gigante da Malásia  
Artigo publicado em 10/01/2012, última edição em 18/06/2022  



Nome em português: Camarão Gigante da Malásia
Nome em inglês: Giant River Prawn
Nome científico: Macrobrachium rosenbergii (De Man, 1879)

Origem: Indo-Pacífico
Tamanho: machos adultos chegam a 32 cm
Temperatura da água: 28-31° C
pH: 7.0-8.5

Dureza: indiferente
Reprodução
: primitiva, necessita de água salobra para as larvas
Comportamento: agressivo
Dificuldade: fácil

 

 

Apresentação

            Sem dúvida é uma das espécies de camarão de água doce de maior interesse científico no mundo, por ser a espécie mais extensamente criada para consumo humano, desde os anos 60. É uma espécie asiática, mas introduzida em várias partes do mundo para criação em cativeiro. A criação no Brasil também está bastante desenvolvida. Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), em 2007 a produção mundial deste camarão foi de cerca de 227 mil toneladas, com um valor líquido que ultrapassa um trilhão de dólares, mantendo-se relativamente estável desde então.

            É um belíssimo animal, de cor azulada, e eventualmente é encontrado à venda em lojas de aquarismo. Mas são agressivos, não sendo indicados para criação com outros animais.

            Etimologia: Macrobrachium vem do grego makros (longo, grande) e brakhion (braço); rosenbergii é uma homenagem ao naturalista alemão Carl Benjamin Hermann von Rosenberg (1817-1888), que coletou o primeiro espécime.




Páginas do D´Amboinsche Rariteitkamer, de Georgius Everardus Rumphius (1705), a primeira documentação do M. rosenbergii em literatura científica. Obra de domínio público, disponibilizada pelo Google Books (digitalizado a partir do exemplar da Biblioteca Pública de Lyon).



Taxonomia

            Como curiosidade, o M. rosenbergii, foi uma das primeiras espécies descritas de camarão dulcícola, sua primeira ilustração em literatura científica data de 1705 (Rumphius, D´Amboinsche Rariteitkamer), mas sem identificação nesta publicação. Posteriormente, passou por diversas denominações, até ser finalmente batizada como Macrobrachium rosenbergii.

            Holthuis em 1995 sugere que sejam reconhecidas duas sub-espécies, M. rosenbergii rosenbergii (De Man, 1897) sensu strictu, de distribuição mais oriental, e M. rosenbergii dacqueti (Sunier, 1925), mais ocidental. Em 2007, o trabalho dos Drs. Wowor e Ng reconhecem se tratar de duas espécies distintas, baseada em diversos critérios morfológicos. Porém, com um grande problema prático: A espécie extensamente criada em cativeiro, de grande importância comercial, seria o Macrobrachium dacqueti, e não o M. rosenbergii.

            Se esta nova classificação fosse aplicada, seria necessário re-nomear a espécie em toda a extensa literatura abordando carcinicultura. Em 2008 o problema foi levado à ICZN (Comissão Internacional para Nomenclatura Zoológica) pelos próprios autores deste trabalho. Em 2010 o ICZN deu um parecer favorável, mantendo a denominação de M. rosenbergii para a espécie criada em cativeiro (que seria M. dacqueti), mesmo cientes da imprecisão taxonômica. Com isto, M. dacqueti passa a ser um sinônimo menor do M. rosenbergii.

            Um último problema foi renomear a espécie originalmente classificada como M. rosenbergii (a de distribuição oriental). Inicialmente foi proposto batizar a espécie com um novo nome, Macrobrachium wallacei Wowor & Ng 2008, mas descobriu-se outro sinônimo válido previamente descrito. Pelo princípio da precedência, o nome final foi Macrobrachium spinipes (Schenkel, 1902).



Macrobrachium spinipes, o M. rosenbergii original (vide texto acima). Foto de Chris Lukhaup.

 


Origem

            É uma espécie originária do Sul, Sudeste da Ásia e Indochina, onde é encontrado na Índia, Mianmar, Tailândia, Vietnã, Malásia, Singapura, Bornéu e Java.

           Freqüentemente encontrado em águas turvas, é um típico representante costal dos palaemonídeos, devido ao padrão reprodutivo, não é encontrado em locais muito distantes do litoral, ou em ambientes sem conexão com o mar. Tipicamente coletado em água doce, mas pode ser visto também em águas salobras, e eventualmente até em água salgada.

            Foi introduzido no nosso país em 1977, desde então, existem relatos esporádicos de coleta na natureza, nos estados do Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Piauí. Sua dependência de água salobra limita o estabelecimento de populações invasoras continentais no Brasil. Porém, a situação é diferente no Pará, onde esta espécie se estabeleceu definitivamente na foz Amazônica, desde 2016 se identifica uma população relativamente grande, e reprodutivamente viável, no Rio Patal-Urumajó. Hoje, existem populações ribeirinhas de pescadores que se dedicam exclusivamente à coleta desta espécie.


 


Macrobrachium rosenbergii, adulto, grande exemplar do US National Zoo (Washington, D.C.). Imagem gentilmente cedida por Samuel Huckins.



Aparência

 

São os maiores camarões dulcícolas do mundo, machos podem ultrapassar 32 cm, e fêmeas 25 cm. Machos dominantes possuem longas garras, que podem ter o dobro do comprimento do seu corpo.

Possuem um aspecto bem semelhante a outros Macrobrachium de grande porte, com corpo liso, e grandes garras. Animais maiores são facilmente identificados pela sua cor, porém, exemplares juvenis podem ser confundidos com “fantasmas”.

Camarões menores são transparentes, com faixas negras longitudinais conferindo um aspecto tigrado, e pequenas áreas azuladas. O aspecto longitudinal destas faixas ajuda na diferenciação de outras espécies nativas. Possui nesta fase uma linha vermelha ao longo do rostro, e manchas negras no abdômen. Garras transparentes ou rosadas.

Com o crescimento, as faixas desaparecem, assim como a faixa vermelha do rostro. As manchas negras no abdômen se tornam marrom avermelhadas ou de cor laranja escuro. Estas manchas são mais evidentes nos côndilos pleurais do 4º a 6º segmentos. A carapaça adquire uma cor verde-oliva ou azul acinzentada.

Assim como alguns outros grandes Macrobrachium, o rosenbergii apresenta diferentes morfotipos, ou seja, subtipos morfológicos dentro da mesma espécie. Existem três grupos morfológicos possíveis de machos adultos, denominados SM (“Small Male”), OC (“Orange Claw”) e BC (“Blue Claw”). O SM é uma forma menor e mais translúcida. O OC é intermediário, com garras mais desenvolvidas, de cor laranja-dourada. O BC é a forma maior, com grandes garras azul-aço escuras. O peso corpóreo dos BC e OC é semelhante, mas o SM é bem menor. Existe uma relação evolutiva e hierárquica entre estes morfotipos, descrita adiante.

A extremidade posterior do telso ultrapassa os seus espinhos, um sinal auxiliar que pode ser útil na sua correta identificação.

Rostro: Delgado e bastante longo, ultrapassando o escafocerito, por vezes tendo um aspecto sigmóide, com extremidade curvada para cima. Mostra uma crista basal alta e evidente. Margem superior com 8~15 dentes, os proximais mais aproximados do que os distais, os 2 primeiros antes da órbita. Margem inferior com 6~16 dentes.

Quelípodos dos machos: Garras simétricas. Longos e finos, com pequenos espinhos difusos. Machos totalmente desenvolvidos têm dátilos espessados e com uma pubescência evidente.

 



Macrobrachium rosenbergii, comparação de três machos com a mesma idade, mostrando os três morfotipos. Fotos de Fábio Rosa Sussel (Instituto de Pesca).





Macrobrachium rosenbergii, comparação de três machos irmãos com a mesma idade (cerca de um ano e meio), da mesma prole, demostrando os três morfotipos. De cima para baixo, Blue Claw, Orange Claw e Small Male. Fotos de Fábio Rosa Sussel (Instituto de Pesca).



Parâmetros de Água

 

É uma espécie robusta, bastante tolerante quanto às condições da água, sendo encontrado em locais onde a temperatura varia entre 14 a 35º C. Porém, se desenvolve melhor numa temperatura mais alta, entre 28 e 31° C, num pH alcalino de 7,0 a 8,5.  A dureza da água é indiferente.

 



Macrobrachium rosenbergii, grande exemplar adulto, imagem cedida pelo SEAFDEC/AQD (Southeast Asian Fisheries Development Center Aquaculture Department).

 


Grande macho adulto BC de Macrobrachium rosenbergii, exemplar de uma fazenda de criação em Piedade (SP). Foto de Walther Ishikawa.



Dimorfismo Sexual

 

Bem demarcado, as fêmeas são menores, com garras também menos desenvolvidas. Fêmeas possuem pleuras abdominais arqueadas e alongadas, formando uma câmara de incubação. Também podem ser diferenciados pela análise dos órgãos sexuais, mas isto é bem difícil em animais vivos.

O manual da FAO menciona também uma dica interessante, útil em juvenis: Machos possuem uma proeminência na região ventral do primeiro segmento abdominal, que pode ser percebida ao tato.




Adulto de Macrobrachium rosenbergii com cerca de 17 cm, foto de Walther Ishikawa.

 


Close no rostro de um macho adulto, foto de Walther Ishikawa.



Reprodução

O camarão da Malásia é uma espécie com reprodução primitiva, gerando ovos pequenos e em grande número, dos quais nascem formas planctônicas de nado livre. As formas larvares dependem de água salobra para seu adequado desenvolvimento, o que limita bastante sua reprodução em cativeiro. O ajuste da salinidade é difícil, assim como a alimentação nas primeiras fases larvares. A salinidade ideal é estimada em 12 a 26%o.

Possui alta taxa de fertilidade e fecundidade, uma fêmea em boas condições produz entre 80 a 100 mil ovos. As fêmeas atingem a maturidade sexual tardiamente, somente com cerca de 10 cm de comprimento. Os ovos são cor-de-laranja, exceto 2 a 3 dias antes da eclosão, quando se tornam cinza-escuros.

A fêmea passa por uma muda pré-acasalamento, e logo após o macho deposita seu espermatóforo. A fêmea libera os ovos, que são fertilizados e se alojam nos pleópodes. Com os ovos fecundados, as fêmeas migram em direção ao litoral. Após uma incubação de cerca de três semanas, as larvas são liberadas, levadas pela correnteza até os estuários, onde encontram um ambiente favorável para seu desenvolvimento.

As larvas nascem como zoea de vida livre, com cerca de 2 mm, passando por cerca de onze estágios larvares em água salobra. Na primeira fase larvar não se alimentam, consumindo nutrientes de seu saco vitelínico. Passam então por uma fase carnívora, se alimentando de zooplancton, que é onde reside a dificuldade na criação em aquários. Em culturas comerciais, nesta fase são alimentadas com náuplios de Artemia. Mais adiante, podem receber alimentos inertes ricos em proteína.

            Demoram de 32 a 35 dias ate se tornarem pós-larvas com 8 mm, quando começam a migrar rio acima. Lá chegam já adultas, e sexualmente maduras.

            Como descrito acima, machos desta espécie podem se apresentar como três morfotipos distintos. Embora as três formas sejam sexualmente ativas, existe uma relação evolutiva e hierárquica entre estes morfotipos. O BC domina o OC, que por sua vez domina o SM. A presença de BC inibe o crescimento de SM e retarda a transformação de OC em BC. O OC se transforma em BC só depois que atinge uma dimensão superior ao BC dominante da colônia. A transição de SM para OC é gradual, mas do OC para o BC se dá numa única muda. Em viveiros de cultivo, comumente se observa a relação de 5SM : 4OC : 1BC.

            Somente o BC apresenta o comportamento de proteger a fêmea após a muda. Forma um "harém", mas não copula com todas elas. Os OC não se reproduzem, mas, no caso da morte do BC, um dos OC rapidamente se desenvolve para BC. Os SM se reproduzem, inclusive com as fêmeas do harém do BC, de forma sorrateira.

 



Fêmea ovada, note o aspecto dos ovos, pequenos e numerosos, indicando reprodução primitiva. Fotografado em uma fazenda de criação em Piedade (SP). Foto de Walther Ishikawa.



Comportamento

 

Agressivo, em especial os camarões maiores, porém em menor grau do que outros grandes Macrobrachium, este sendo um dos motivos do seu sucesso na criação em cativeiro. Em culturas comerciais, o volume recomendado por animal é de 40 litros.

Predam os peixes, principalmente durante a noite, quando estes dormem. Por outro lado, tornam-se vulneráveis após a ecdise, enquanto seu exoesqueleto ainda não está totalmente solidificado.

Com seu crescimento, acentua-se sua agressividade e seu comportamento canibal. Populações adultas mantidas juntas por muito tempo se devoram progressivamente, ou indivíduos dominantes se alimentando dos menores, ou animais (mesmo grandes) sendo devorados após a muda.

Desta forma, idealmente recomenda-se a manutenção de um único animal adulto em um tanque dedicado.

Sua longevidade é estimada em cerca de 3 anos.

Também vale a pena comentar a sua importância como espécie invasora, é fundamental que estes animais não sejam soltos na natureza, além do desequilíbrio biológico, este animal é um transmissor do vírus da WSS (“White Spot Syndrome”), podendo representar uma grave ameaça às espécies nativas de camarão.





Close da carapaça de um macho juvenil de Macrobrachium rosenbergii, ainda com a padronagem tigrada. Foto de Walther Ishikawa.

 


Macrobrachium rosenbergii, filhote, mostrando o rostro vermelho e o aspecto tigrado do corpo. Foto de Walther Ishikawa.

 


Pequeno exemplar juvenil, corpo transparente, indistinguível de um "Fantasma". Foto de Walther Ishikawa.


 

Alimentação

 

Não são nada exigentes quanto à alimentação, comendo desde algas, animais mortos a ração dos peixes. Caçam ativamente outros animais, inclusive outros camarões, e destroem também plantas ornamentais. A falta de proteína animal na dieta acentua seu comportamento agressivo.

 

 

 

Bibliografia:

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Agradecimentos especiais à bióloga Dra. Adriana Adad (Sítio Caminho das Águas, Piedade, SP), pelas valiosas informações, e por permitir fotografar sua criação. Agradecimentos também ao Dr. Fábio Rosa Sussel e Antonio Carlos Simões ( Instituto de Pesca  ) pela cessão das fotos, e informações. Gratos também ao amigo Samuel Huckins (EUA) pela cessão da sua foto para o artigo, e ao Dr. Renato F. Agbayani, do SEAFDEC/AQD (Southeast Asian Fisheries Development Center Aquaculture Department, Filipinas).


As fotografias de Walther Ishikawa estão licenciadas sob uma  Licença Creative Commons . As demais fotos têm seu "copyright" pertencendo aos respectivos autores.

 
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