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"A. platensis" e "A. singularis"  
Artigo publicado em 10/01/2012, última edição em 09/05/2023  



Égla – Aegla platensis Aegla singularis

 

Nome em português: Égla, Pancora, Caranguejo de Rio, Tatuí de água doce, Scrabei
Nome em inglês: -
Nome científico: Aegla platensis Schmitt, 1942, Aegla singularis Ringuelet 1948

Origem: Brasil (SC, RS), Argentina, Paraguai e Uruguai

Tamanho: carapaça com comprimento de até 4,6 cm (A. platensis) e 2,0 cm (A. singularis)
Temperatura: 13-22° C
pH: neutro/alcalino

Dureza: média
Reprodução
: especializada, todo ciclo de vida em água doce
Comportamento: pacífico
Dificuldade: média

 

 

Apresentação

 

Apesar de serem muitas vezes referidos como “caranguejos”, na realidade estes crustáceos pertencem a outra infra-ordem, Anomura, a mesma dos caranguejos-ermitões. A família Aeglidae possui somente um gênero atual, Aegla, exclusivo de ambientes dulcícolas da região sul da América do Sul, com próximo de 60 espécies brasileiras descritas (muitas foram descritas bastante recentemente, veja a lista completa e atualizada de espécie neste link ). São os únicos anomuros encontrados em água doce, exceto por uma única espécie de ermitão dulcícola de uma ilha do pacífico.

Não são muito populares no Brasil como animais de aquário, mas em outros países são criados há algum tempo com sucesso. Em especial, o A. platensis é uma das espécies mais disponíveis no mercado internacional, criadas nos respectivos países já há algum tempo, ou exportadas da Argentina. Curiosamente, na Argentina é mais comum se encontrar à venda outra espécie, o A. uruguayana.

Embora seja a espécie de Aegla com distribuição mais ampla conhecida, estudos moleculares recentes (2018) usando três marcadores nucleares e mitocondriais (16S, ANT e COI) demonstram tratar-se de uma única espécie com origem monofilética. Foi vista uma proximidade genética inclusive entre populações geograficamente distantes, brasileiras e argentinas. Na realidade, detectou-se duas populações com maior diferença genética, sugerindo-se espécies crípticas (bacia do Rio Guaíba e Rio Potiribu), mas todo o restante das populações de Aegla platensis mostraram uma grande homogeneidade genética. Este mesmo trabalho mostrou uma similaridade genética entre esta espécie e o Aegla singularis, sugerindo tratar-se da mesma espécie. 

            Etimologia: Aegla vem da deusa mítica grega Aegle, uma das três Hespérides, donas do jardim dos pomos de ouro, situado no extremo ocidental do mundo. Ainda, platensis significa nativo do Rio La Plata (Rio da Prata), e singularis tem origem no latim, significando "único do seu tipo". 

 



Aegla platensis, fotografado em Santa Cruz, RS. Fotos de Artur L. J. Berger.



Origem

Églas são crustáceos com distribuição restrita à porção sul da América do Sul, vivendo em ambientes dulcícolas das regiões temperadas do continente, o que explica sua baixa tolerância ao calor. Vivem em riachos límpidos de leito rochoso, geralmente montanhosos, alguns também em lagoas e represas.

Aegla platensis é a espécie do gênero com distribuição mais ampla, sendo encontrado no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. No nosso país, ocorre no sudoeste de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, exceto ao nordeste.

No Brasil habitam a bacia do Rio Uruguay (Rios Parizinho, Passarinhos, Chapecó, Guaraim, Moinho, Ibicuí, Ijuí, Passo Fundo, Piratini, Quarai, Santa Maria, Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo, Várzea, Jacutinga) e sistema Atlântico Sul (Rios baixo Jacuí, Caí, Sinos, Camaquã, Gravataí, Mirim-São Gonçalo, Sinos, Butuí-Icamaquã, além do Lago Guaíba).


Aegla singularis é uma espécie descrita originalmente na província de Misiones, Argentina, também habitando a bacia do Rio Uruguay, relativamente comum dentro da província. Posteriormente foi encontrado também no RS, e depois em SC, sempre próximo da fronteira argentina. Recentemente registrado também no norte do Uruguai, e em localidades mais ao sul na Argentina (Entre Ríos).




Distribuição geográfica de Aegla platensis. Imagem original Google Maps; dados de Bond-Buckup G. In: Melo GAS. 2003.

 



Aegla platensis, fêmea fotografada em Caçapava do Sul, RS. Foto de Lúcia Safi.



Aparência

 

Lembra bastante um caranguejo, com cefalotórax achatado, pernas dispostas lateralmente e primeiro par na forma de grandes garras (quelípodos). Entretanto, numa análise mais cuidadosa, destacam-se antenas finas e bastante longas, e abdômen relativamente desenvolvido, parecendo um lagostim com a cauda dobrada. O próprio cefalotórax é oval, novamente lembrando um lagostim achatado. Numa visão superior, só são visíveis três pares de pernas ambulatórias (ao invés dos quatro pares dos caranguejos), já que o último par é atrofiado, fica oculto sob o abdômen e não possui função locomotora. Coloração variada, geralmente de cor marrom-escura avermelhada, mas alguns animais possuindo tons azulados.

A. platensis é um Aegla avantajado, maior que outras espécies. Exemplares juvenis e fêmeas têm a palma pouco desenvolvida, uma variação por idade mais acentuada do que em outras espécies.

A. singularis é menor, com mais dentes e espinhos, tanto na carapaça quanto quelas e pernas ambulatórias.


  • Rostro muito longo no A. platensis, comprimento médio em A. singularis, ambos tendendo a estiliforme, elevado, reto, carenado em todo seu comprimento
  • Espinho ântero-lateral da carapaça alcançando a metade da córnea
  • Lobos protogástricos moderadamente elevados
  • Carapaça moderadamente achatada, regiões branquiais expandidas
  • Ângulo látero-dorsal da segunda pleura com espinho.
  • Crista palmar retangular, pouco desenvolvida no A. platensis, e com lobos e espinhos no A. singularis
  • Dedo móvel do quelípodo com lobo com tubérculo (espinho robusto em A. singularis)
  • Em A. singularis, ângulo ântero-lateral do carpo do quelípodo agudo e projetado por um espinho voltado para a articulação carpo-palmar
  • Margem interna da face ventral do ísquio lisa no A. platensis, e com um espinho distal e até dois tubérculos mediais em A. singularis (esta é a principal forma de diferenciar as duas espécies pelas chaves).
  • Em A. singularismargem dorsal do mero do segundo pereiópodo com tubérculos e tubérculos escamiformes


 



Aegla platensis, fotografada em Fighiera, Santa Fé, Argentina. Fotos de Hernán Chinellato.



Parâmetros de Água

 

Habitam ambientes bastante estáveis, estes animais são bem sensíveis a variações e condições inadequadas de água. Por este motivo, muitas vezes são usadas por pesquisadores como bioindicadores. Alguns trabalhos mostram que está espécie é mais sensível do que outros Aeglas, não sendo encontrado em locais com graus variáveis de urbanização, ao contrário do A. singularis.

Um aspecto bastante importante é sua sensibilidade a altas temperaturas, uma causa comum de insucesso na sua manutenção em cativeiro. A temperatura ideal é de 13~22º C, medida em Taquara, RS. Em criações de laboratório, a temperatura sugerida é de 16 a 19º C.

Por viverem em água corrente e fria, demandam também alta taxa de oxigenação, sugerindo-se superdimensionar a filtragem e circulação de água no tanque. É mais comum em águas neutras a alcalinas (7.0 a 8.0), dureza média. Como os demais crustáceos, são bem sensíveis a compostos nitrogenados, assim como a metais.








Aegla singularisfotografado no Arroyo Perucho Verne, Colón, Entre Ríos, Argentina. Fotos cortesia de Nacho Barragan.


Aegla singularis, fotografado em Gualeguaychú, Entre Ríos, Argentina. Fotos cortesia de Agustina Collazo.



Dimorfismo Sexual

 

Bem demarcado, machos são maiores e possuem garras mais robustas e assimétricas (heteroquelia). Fêmeas possuem abdômen mais largo, e pleópodes mais desenvolvidos. Fêmeas possuem gonoporos (orifícios genitais) na base do terceiro par de pernas. Ovários maduros podem ser vistos na fêmea, através da região ventral abdominal da fêmea, por transparência.





Aegla platensis, o mesmo animal da primeira foto do artigo, disponível no hobby alemão. Fotos de Andy (PlanetInverts).



Reprodução

Podem ser reproduzidos em aquário, com facilidade. Alguns pesquisadores até sugerem o uso desta espécie como modelo experimental. Sabe-se que o período reprodutivo dos Églas varia de acordo com a distribuição geográfica, sendo mais ampla quanto mais austral for a distribuição. O A. platensis é um exemplo extremo, uma das poucas espécies de Égla que tem uma reprodução contínua ao longo do ano. Em cativeiro, se bem alimentados, podem ter até três posturas anuais. A reprodução desta espécie já foi bem estudada em laboratório.

Machos usam suas grandes quelas para combates e disputas de fêmeas, assim como para a manipulação das fêmeas durante o acasalamento. A cópula é precedida por uma exibição do macho, quelas abertas e erguidas, movimentos vibratórios, abanar a cauda e elevação do corpo. A exibição é feita de forma indiscriminada, para todas as fêmeas (inclusive imaturas), mas somente as fêmeas receptivas permitem a cópula, comunicando-se com toques da antena.

A cópula ocorre com o casal se posicionando ventre-a-ventre, mas o fato curioso é que é o macho que se posiciona abaixo, deitando-se com o ventre para cima, e colocando a fêmea acima dele. Ao contrário de muitos outros crustáceos, a cópula não ocorre após a ecdise da fêmea. 

A fêmea produz entre 50 e 100 ovos esféricos, sendo que o macho protege a fêmea durante a ovoposição. Os ovos eclodem em 3 meses, passando de uma coloração laranja para marrom pouco antes da eclosão. Nesta fase final os caranguejos juvenis já são visíveis dentro do ovo, com seus grandes olhos escuros.

Produzem poucos ovos de grandes dimensões, apresentam desenvolvimento pós-embrionário direto, onde as fases larvais completam-se ainda dentro do ovo. Na eclosão são liberados indivíduos já com características semelhantes ao adulto. Églas apresentam o que se chama de Eclosão Assincrônica, ou seja, ovos de uma mesma ninhada eclodem de forma não-sincronizada. Por este motivo, as fêmeas carregam ovos em diferentes estágios de desenvolvimento, juntamente com juvenis.

Por um período de 3 a 4 dias, os jovens são protegidos e carregados pelas fêmeas sob o abdome, caracterizando cuidado parental estendido. No primeiro dia, os filhotes ficam abrigados sob o abdômen da fêmea. Nos dias subseqüentes, eles caminham sobre o corpo da mãe, mas retornam rapidamente à região ventral a qualquer sinal de perigo. Os filhotes não realizam ecdises durante este período. Diferente dos lagostins com cuidado parental, estes filhotes não têm nenhuma estrutura anatômica especializada para se fixarem no corpo da mãe. Atingem a maturidade sexual aos 10 mm de comprimento de carapaça.


 


Fêmea ovada de Aegla platensis, mostrando a variação na cor dos ovos ao longo do seu desenvolvimento. Na primeira imagem, ovos em etapas iniciais, e na segunda, ovos no final do seu desenvolvimento. Fotos de Andy (PlanetInverts).



Filhotes de Aegla platensis nascidos em cativeiro, a moeda como referência de tamanho é de Um Euro (Alemão), com 23,25 mm de diâmetro. Foto de Andy (PlanetInverts).



Comportamento

 

São animais totalmente aquáticos, devem ser criados em aquários, não necessitando de uma porção emersa.

Apesar das grandes garras, não são animais agressivos, podendo ser mantidos com peixes ou com outros Églas, independente do sexo. Como já mencionado, estes animais apresentam um forte comportamento gregário. Também não predam seus filhotes. Alguns aquaristas relatam sucesso inclusive na manutenção junto a Neocaridinas. Há descrições somente de se alimentarem de pequenos caramujos.

Por serem pequenos e pacíficos, podem ser mantidos em tanques pequenos, lembrando somente da requisição de alta taxa de oxigenação. A partir de 25 litros podem ser mantidos de 3 a 4 exemplares.

Hábitos noturnos, passando o dia entocado, saindo à noite para se alimentar. Escavam o substrato, podendo desenterrar plantas e expor a camada fértil. Como os demais crustáceos, tornam-se vulneráveis após a ecdise, e podem ser predados por outros animais. Por este motivo, nesta época permanecem entocados, até a solidificação completa da carapaça. Sua longevidade é de cerca de 3 anos na natureza.


Aegla platensis em aquário, fotos de Artur L. J. Berger.

 


Alimentação

 

Não é exigente quanto à alimentação. Nos seus habitats são onívoros, se alimentando principalmente de detritos, micro-organismos, algas diátomas e material orgânico vegetal em decomposição. Alguns estudos sugerem uma preferência alimentar carnívora. Em cativeiro aceitam bem ração em flocos, assim como vegetais e proteína animal. Criações experimentais de laboratório usam ração para gatos na alimentação. Estes animais são importantes como predadores de larvas de mosquito-borrachudo na natureza.

 





Aegla platensis / singularis em aquário, fotos de Brian Ma.



Imagem em close de Aegla platensis, note o rostro longo e estiliforme. Foto de Brian Ma.





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Agradecimentos aos colegas aquaristas Artur L. J. Berger, Hernán Chinellato (Argentina), Agustina Collazo (Argentina, iNaturalist), Nacho Barragan (Argentina, iNaturalist) e Brian Ma (Canadá), além da fotógrafa Lúcia Safi pela cessão das fotos para o artigo, e valiosas informações.


 As fotografias de Agustina Collazo e Nacho Barragan (iNaturalist) estão licenciadas sob uma  Licença Creative Commons 

 
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